Entendendo O Complexo de Elias

domingo, 28 de agosto de 2011

À medida que vemos o mundo sucumbindo ao caos e as manchetes dos jornais continuamente publicando más notícias, é natural que os cristãos sintam-se desconsolados. As doutrinas fundamentais do cristianismo tornaram-se, em sua maioria, divergentes das ensinadas na Bíblia e uma fé no "bem-estar" materialista é o casulo confortável idealizado por muitos. Como um narcótico potente, a ignorância espiritual, acoplada com a enganação satânica, os está atraindo a uma falsa sensação de piedade e bem-estar pessoal. Assim, causa surpresa o fato de que aqueles que não sucumbiram a essa rebelião em massa contra a verdade sintam-se marginalizados e desprezados? Mas, louvado seja Deus, estar entre os relativos poucos, como o profeta Elias do Velho Testamento, é estar no lugar certo!

"Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem" [Mateus 7:13-14].

Portanto, para compreender melhor de que forma nadar contra a corrente não nos torna completamente isolados como parece às vezes, precisamos prestar atenção ao que Deus mostrou a Elias.

Por volta do ano 975 AC, Israel padeceu uma guerra civil e tornou-se uma nação dividida. As dez tribos do norte seguiram o rei Jeroboão e conservaram o nome Israel, enquanto que as outras duas tribos do sul fizeram de Roboão seu rei. Esse novo reino tornou-se conhecido como Judá e incluía a cidade de Jerusalém, onde o templo estava localizado. Essa divisão causou grande consternação aos homens piedosos dentro do povo do reino do norte! Deus devia ser adorado no templo e, independente das posições políticas na questão que envolveu a separação, eles sabiam que o afastamento era errado. Muitos, se não a maioria, simplesmente deslocaram-se para o reino de Judá a fim de continuarem a adorar no templo e essa migração resultou em indivíduos de todas as doze tribos serem representadas na população de Judá.

Por que isso é importante? A primeira razão é que isso, obviamente, isolou os grupos de verdadeiros escolhidos dentre o povo do reino do norte — contribuindo grandemente para a sua rápida inclinação à apostasia e à idolatria. A segunda é que isso refuta a nociva crença ocultista a respeito das "Dez tribos perdidas de Israel". Em outras palavras, eles erroneamente insistem que quando Babilônia levou cativo o reino do norte, aquelas tribos "sumiram da tela do radar histórico" e misteriosamente migraram para a Inglaterra e Estados Unidos séculos mais tarde. Também conhecido como "Israelismo Britânico", isso constitui a espinha dorsal do mormonismo, pois seu fundador, Joseph Smith, recebeu esse ridículo fragmento de conhecimento gnóstico durante seu aprendizado como maçom. A identidade das tribos nunca foi perdida porque todas as doze estavam representadas dentro da nação de Judá. Caso contrário, por que Tiago, o irmão do Senhor, endereçaria sua epístola às "doze tribos que andam dispersas"? (Tiago 1:1). Naturalmente, o povo foi disperso por todas as nações do mundo (a "Diáspora", ou dispersão), mas nenhuma das tribos jamais se perdeu!

Foi durante essa deplorável condição espiritual das tribos do norte que Deus levantou o profeta Elias. Sua difícil tarefa era advertir o perverso Acabe — que, nessa época, havia se tornado rei — a fim de que o povo se arrependesse ou seria julgado. E os triunfos, bem como as deficiências, do difícil ministério desse indivíduo intrépido continuam a ser uma fonte de inspiração para o povo de Deus.

No livro de 1 Reis, capítulo 17, versículo 1, o homem de Deus entra em cena com ímpeto! Ele vai ousadamente à presença do rei Acabe e faz um pronunciamento surpreendente:

"Então Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o SENHOR Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra"

O aviso de uma forte seca tinha a finalidade de chamar a atenção de Acabe, mas antes que o rei pudesse reagir furioso a essa intromissão indesejada, Deus instrui Elias a sair de cena e se esconder! Então, durante sua ausência, Deus milagrosamente providenciou o sustento, enviando-lhe alimento por intermédio dos corvos.

"Depois veio a ele a palavra do SENHOR, dizendo: Retira-te daqui, e vai para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. E há de ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem. Foi, pois, e fez conforme a palavra do Senhor; porque foi, e habitou junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. E os corvos lhe traziam pão e carne pela manhã; como também pão e carne à noite; e bebia do ribeiro. E sucedeu que, passados dias, o ribeiro se secou, porque não tinha havido chuva na terra" [1 Reis 17:2-7].

Logo que a água acabou, Deus enviou Seu profeta a uma viúva gentia na cidade de Sarepta, que ficava perto da região fenícia de Sidom! A condição espiritual de Israel era tão deplorável que nenhuma de suas viúvas foi escolhida para servir a Deus, auxiliando no sustento do profeta Elias. Esse acontecimento deixou os judeus furiosos quando o Senhor o mencionou para ilustrar a ignorância espiritual de Israel em Sua própria época:

"Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva." [Lucas 4:25-26].

Aquela mulher, em particular, fora "ordenada" por Deus para cuidar de Elias (1 Reis 17:9). E o surpreendente é que ela e seu filho único estavam, eles próprios, quase morrendo de fome! Para dizer a verdade, quando Elias chegou ali, ela estava apanhando alguns gravetos para acender o fogo e preparar o que ela considerava seria sua última refeição. Quando aquele forasteiro judeu pediu que ela lhe desse um pouco de água e comida, sua resposta continha provavelmente um tom meio sarcástico.

"Porém ela disse: Vive o SENHOR teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela, e um pouco de azeite numa botija; e vês aqui apanhei dois cavacos, e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos, e morramos." [1 Reis 17:12; ênfase adicionada].

Aha! Observe que ela disse "teu" Deus e não "meu" Deus. Dessa forma parece realmente óbvio que havia motivo em dobro para que Deus enviasse Elias até ela. Não só o profeta precisava da sua ajuda, mas ela estava espiritualmente morta e precisava desesperadamente da ajuda dele! Então, a primeira coisa que Elias fez foi desafiá-la a crer:

"E Elias lhe disse: Não temas; vai, faze conforme à tua palavra; porém faze dele primeiro para mim um bolo pequeno, e traze-mo aqui; depois farás para ti e para teu filho. Porque assim diz o SENHOR Deus de Israel: A farinha da panela não se acabará, e o azeite da botija não faltará até ao dia em que o SENHOR dê chuva sobre a terra. E ela foi e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeu ela, e ele, e a sua casa muitos dias." [1 Reis 17:13-15].

Humanamente falando, tal fé era impossível! (1) Ela era uma gentia e conhecia pouquíssimo sobre o Deus de Israel e (2) era um fato que os judeus desprezavam o povo dela. Porém, para piorar a situação, o homem pedia que ela lhe desse a maior parte do que restou do escasso mantimento que ela tinha para ele primeiro e, depois, preparasse o que sobrasse para ela e seu filho. Só pode ser provocação! Sob aquelas circunstâncias, quem se surpreenderia se ela o mandasse se arremessar do despenhadeiro mais próximo? Contudo, incrivelmente, ela atendeu ao pedido dele. Mas, o que poderia realmente levá-la a fazer isso, pois ela sabia que, se a promessa dele falhasse, tanto ela como seu filho morreriam mais cedo? A resposta está no versículo 9, que diz que Deus a havia "ordenado". A palavra hebraica "sawa" (#6680 na Concordância de Strong, traduzida como "ordenado" neste caso) também pode ser traduzida como "estabelecido". Encontramos esse mesmo significado em 2 Samuel 6:21, onde Davi diz à sua mulher Mical, filha do rei Saul, o seguinte:

"Disse, porém, Davi a Mical: Perante o SENHOR, que me escolheu preferindo-me a teu pai, e a toda a sua casa, mandando-me que fosse soberano sobre o povo do SENHOR, sobre Israel, perante o SENHOR tenho me alegrado." [ênfase adicionada].

Portanto, Deus preparou o coração daquela viúva para reagir dessa maneira. E a milagrosa abundância de farinha e azeite serviu para confirmar a ela que o Deus de Elias era verdadeiro. Em seguida, após seu filho morrer e Elias ressuscitá-lo, ela evidenciou a verdadeira fé:

"Então a mulher disse a Elias: Nisto conheço agora que tu és homem de Deus, e que a palavra do SENHOR na tua boca é verdade." [1 Reis 17:24].

Finalmente, em algum momento durante o terceiro ano da seca, Deus disse a Elias para apresentar-se ao rei Acabe, pois enviaria a chuva!

Então, a primeira coisa que Elias fez quando se encontrou com Acabe foi reprovar a sua perversidade e propor uma "disputa" para determinar quem era o Deus vivo e verdadeiro de Israel:

"E sucedeu que, vendo Acabe a Elias, disse-lhe: És tu o perturbador de Israel? Então disse ele: Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do SENHOR, e seguistes a Baalim. Agora, pois, manda reunir-se a mim todo o Israel no monte Carmelo; como também os quatrocentos e cinqüenta profetas de Baal, e os quatrocentos profetas de Asera, que comem da mesa de Jezabel. Então Acabe convocou todos os filhos de Israel; e reuniu os profetas no monte Carmelo." [1 Reis 18:17-20].

Em seguida, ele voltou-se para o povo e repreendeu-o por causa da sua incredulidade:

"Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o SENHOR é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu." [1 Reis 18:21].

Então, todos os profetas pagãos, juntamente com o povo de Israel, reuniram-se no Monte Carmelo para ver o que Elias iria fazer. E ele lhes propôs que sacrificassem um bezerro e o colocassem sobre uma pilha de lenha seca em um altar — Em seguida, ele faria o mesmo. Posteriormente, cada "lado" iria orar e pedir que seu sacrifício fosse consumido pelo fogo para provar de quem era o verdadeiro Deus. E o versículo 24 relata que essa proposta agradou a todos, pois disseram "É boa esta palavra". Porém, tenho uma forte suspeita de que o desafio não foi nada agradável para os pretensos profetas de Baal, pois eles se depararam com uma situação do tipo "a hora da verdade"! E para mostrar que ele era um bom esportista, Elias teve a fineza de deixá-los começar.

O que aconteceu em seguida foi completamente cômico. Os profetas de Baal (e presumimos também os de Asera) oraram fervorosamente desde a manhã até ao meio-dia, dizendo "Ah! Baal, responde-nos". Mas nada acontecia. Após certo tempo, eles realmente se inquietaram e começaram a dar saltos, clamando a seus deuses, e se retalhando com facas até derramarem sangue — a todo o momento sendo afrontados por Elias! Isso continuou até bem depois do meio-dia até que Elias se dirigiu ao povo, que estava ali testemunhando o desafio, e pediu que se aproximassem dele.

Enquanto eles observavam, Elias reparou um antigo altar que fora usado em alguma ocasião no passado. Ele tomou doze pedras (representando as doze tribos originais de Israel) e as reposicionou para edificar o altar. Em seguida, cavou um largo sulco ao redor, pôs lenha em cima das pedras, e preparou o bezerro para o sacrifício. Depois, pediu a alguns dos presentes que enchessem quatro tambores com água e derramassem sobre o sacrifício (a seca já durava mais de dois anos e mesmo uma pequena quantidade de água era preciosa!). Outra vez, ele os instruiu a fazer a mesma coisa — Em seguida, pediu que fizessem pela terceira vez! Àquela altura, tudo no altar estava encharcado e o sulco ao redor também ficou cheio d'água. Por que Elias pediu para eles fazerem algo tão estranho? Simplesmente para eliminar qualquer tentativa de alguém usar algum pretexto para dizer que não foi Deus que consumiu o sacrifício (pois havia, literalmente, centenas de falsos profetas que tinham sido mal-sucedidos em seus esforços e estavam ansiosos por uma chance de dizer que ele usou algum tipo de embuste para incendiar a lenha).

Então Elias orou a Deus:

"Sucedeu que, no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou, e disse: Ó SENHOR Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme à tua palavra fiz todas estas coisas. Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo conheça que tu és o SENHOR Deus, e que tu fizeste voltar o seu coração." [1 Reis 18:36-37].

Deus respondeu imediatamente a oração sincera do profeta:

"Então caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rêgo. O que vendo todo o povo, caíram sobre os seus rostos, e disseram: Só o SENHOR é Deus! Só o SENHOR é Deus! E Elias lhes disse: Lançai mão dos profetas de Baal, que nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom, e ali os matou." [1 Reis 18:38-40].

Então Elias disse ao rei Acabe que se preparasse, pois a chuva já estava chegando! E enquanto Acabe seguia em seu carro de volta a Jezreel, com Elias correndo a pé perante ele, caiu uma "abundante chuva" (18:46). Que grande vitória para Deus e retribuição para Seu fiel profeta! Mas, espere, há uma surpresa aguardando Elias logo após a esquina, a fim de mantê-lo humilde.

Quando Acabe contou à rainha Jezabel tudo que havia sucedido, ela ficou transtornada pela ira. Como o Deus de Israel se atreve a zombar de seus profetas e condená-los à morte!

"Então Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses, e outro tanto, se de certo amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles." [1 Reis 19:2].

Bem, Elias sabia que a perversa Jezabel falava sério, então, ele não "passou a vez" ou "pagou para ver", mas imediatamente dirigiu-se para os montes para escapar com vida! O mesmo homem que havia acabado de enfrentar e matar 850 falsos profetas estava agora fugindo de uma mulher irada. Porém, como dizem, "a prudência é a maior virtude da coragem".

Assim, pela segunda vez em um período de cerca de três anos, Elias encontra-se totalmente dependente de Deus para sobreviver. Porém, desta vez, em vez de caminhar por fé, o profeta fez o que muitos de nós estamos propensos a fazer diante de circunstâncias parecidas. Apreensivo e exausto fisicamente, ele se sentou debaixo de um zimbro (19:4) e pediu a Deus para tirar sua vida! Não mais importava o fato de que há apenas um dia ele tinha passado, literalmente, por uma "experiência espiritual no cume da montanha"! Ele não levou em consideração que Deus o usou de forma poderosa para provar a Israel que eles foram desviados pelos falsos profetas. Ele foi dominado totalmente pelo pavor e o bom senso o abandonou. O "vale do desespero" o tornou cego com algo que parecia ser uma situação sem solução. O orgulho pecaminoso o convenceu de que ele era o único profeta de Deus que restava e ele apenas queria acabar com tudo!

O que você acha que o levou a pensar daquela forma? A narrativa não nos diz, mas, para mim, isso definitivamente exala cheiro de enxofre!

Portanto, se esse notável profeta de Deus chegou a esse estado de ânimo lastimável, não é razoável concluir que nós também estamos suscetíveis?

Para trazer alento ao Seu angustiado servo depois que ele acordou do sono, Deus enviou um anjo para atender à sua necessidade física imediata de comida e água. Então, após se alimentar, Elias voltou a deitar-se. O mesmo homem que estava tão preparado fisicamente, sendo capaz de correr à frente do carro de Acabe, "chegou ao limite" e estava completamente extenuado pela experiência.

Porém, Deus tinha ainda mais um desafio físico para ele:

"E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque te será muito longo o caminho. Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus." [1 Reis 19:7-8].

De Berseba (v. 3) até o monte Horebe (Sinai) o percurso é de cerca de 240 quilômetros. Podemos apenas supor a razão por que Deus o enviou em uma viagem tão árdua assim no deserto, mas, ao chegar, Elias se abrigou em uma caverna. Teria sido essa a mesma "fenda na rocha" (Êxodo 33:22) em que Moisés se protegeu da força total da glória de Deus? Alguns comentaristas acreditam que sim e que, em ambos os casos, Deus tinha algo a dizer aos Seus servos.

Assim, quando o Senhor veio para falar com Elias, a primeira coisa que Ele disse foi "Que fazes aqui, Elias?" (1 Reis 19:9) e a resposta do profeta é bastante reveladora:

"E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo Senhor Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei, e buscam a minha vida para ma tirarem." [1 Reis 19:10].

A resposta do Senhor a essa lamuriosa explicação foi:

"E Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste monte perante o SENHOR. E eis que passava o SENHOR, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do SENHOR; porém o SENHOR não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o SENHOR não estava no terremoto; E depois do terremoto um fogo; porém também o SENHOR não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada. E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias?" [1 Reis 19:11-13].

Observe que após uma cataclísmica demonstração de Seu divino poder, Deus repetiu a pergunta "Que fazes aqui, Elias?". E o teimoso profeta repetiu a desculpa inicial quase que palavra por palavra no versículo 14! Porém, em lugar de criticar Elias, precisamos entender que temos mais referências nas Escrituras para compreender melhor a pergunta de Deus. Por exemplo, o apóstolo Paulo disse em Romanos 8:31(b) "…se Deus é por nós, quem será contra nós?" Em outras palavras Deus estava dizendo algo no sentido de "Por que você está se escondendo aqui no deserto quando Eu sou infinitamente capaz de protegê-lo?". Mas, quando a mesma desculpa plangente foi apresentada pela segunda vez, Deus restabeleceu a tão necessária confiança ao Seu servo emocionalmente abalado:

"E o SENHOR lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco; e, chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria. Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel; e também a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar. E há de ser que o que escapar da espada de Hazael, matá-lo-á Jeú; e o que escapar da espada de Jeú, matá-lo-á Eliseu." [1 Reis 19:15-17].

Então, para corrigir Elias pela conclusão um tanto egoísta de que ele era o único profeta que restara (o que negligenciava totalmente o fato que o Senhor poderia levantar mais um milhão de profetas como ele, se assim desejasse) — juntamente com uma manifesta impressão de que a apostasia de Israel significava que ninguém mais temia a Deus, esta espantosa declaração foi feita:

"Também deixei ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda a boca que não o beijou." [1 Reis 19:18].

O julgamento divino estava prestes a cair sobre Israel, e os dois reis (Hazael da Síria e Jeú de Israel) seriam os instrumentos pelos quais ele seria aplicado. Depois de tudo consumado, ainda haveria 7000 remanescentes fiéis a Deus dentre toda a população. Para garantir que o povo continuaria a ser lembrado de sua relação de aliança com Jeová, Elias foi instruído a ungir Eliseu — aquele que no devido tempo assumiria seu lugar como profeta.

Assim, o detalhe que precisamos lembrar é que o nosso Deus soberano constantemente cuida de nós e nunca estamos sozinhos! Mesmo que a igreja de Laodicéia (Apocalipse 3:14-18) continue abarrotada de joio e o trigo se torne cada vez mais escasso, tenha a certeza no coração de que — seja qual for a situação — o Senhor sempre preservará um remanescente daqueles que permanecem fiéis a Ele.

O Nascimento que Mudou a História

Você já pensou em quantas pessoas nasceram até o dia em que nasceu Jesus? Um número incalculável, por certo. Muitos nasceram e se tornaram homens e mulheres comuns; outros se tornaram ricos e poderosos; outros reis e rainhas. E todos morreram deixando títulos e fortunas, grandes prodígios e histórias vergonhosas. E depois de alguns anos, perderam-se no esquecimento e deixaram de ser lembrados.

E outros tantos nasceram e se tornaram “divindades”. Foram cultuados pelos homens, transformados em centros de adoração, e ao morrerem também foram relegados ao esquecimento. Pouco se fala deles e quase nada restou para compactar os povos.

Mas o nascimento de Jesus foi um fato sem paralelo. Mudou a história da humanidade, mudou o homem e deu-lhe uma nova esperança. O pequeno infante de Belém, anunciado pelos anjos aos pastores, e por estes visitado, tornou-se o centro das atenções de pessoas humildes e poderosas. Quando criança foi perseguido por Herodes e na idade adulta continuou sendo perseguido, ora por religiosos, por soldados, por escribas e por fariseus.

E assim cresceu e se tornou homem com qualidades notáveis que o destacavam entre os demais. Mas, por que seu nascimento mudou a história? Porque a história dos povos e a história do homem com suas mazelas e pecados, somente pode ser mudada porque nasceu um Deus-Homem que veio para mudar. Veio para salvar. Veio para reinar. Veio para dar vida.

O nascimento de Jesus é diferente de todos os outros nascimentos. Nasceu de uma virgem e foi concebido por graça e poder do Espírito Santo. Viveu como homem, viveu como Deus. Se viesse a este mundo somente como Deus sem sua humanidade, o homem jamais poderia conhece-lo; nasceu como homem para ser conhecido e amado pelo homem. E como homem enfrentou a cruz, e ao ressuscitar pôde provar que é Deus, pois somente Deus tem poder sobre a morte.

Nasceu como homem para amar o homem. O nascimento de Jesus é diferente de outros nascimentos, porque foi profetizado antes da fundação do mundo, e toda a sua trajetória foi marcada com antecedência e afirmações precisas. Nada deixou de cumprir-se e tudo o que se falou sobre ele aconteceu em todos os seus detalhes. Jesus nasceu para mudar o coração do ser humano e por esta razão é um nascimento sem par. Já se passaram mais de dois mil anos e a cada dia mais notoriedade Ele alcança. O brilho do seu nome não se apaga e como um luzeiro cresce mais e mais.

Outros nomes já se apagaram totalmente e muitos nunca ouviram falar de suas façanhas. Quem foi Napoleão Bonaparte para o mais rude homem do campo? Onde estão suas bravuras e as muitas batalhas ganhas? Mas pergunte ao mais humilde homem quem foi Jesus, e um sorriso sempre se esboçará de seu rosto: “Ah! Jesus, sim eu sei quem é Jesus”; outros, ainda dirão: “Eu sei quem é Jesus, pois Ele me salvou”. Sim, o nascimento de Jesus mudou a história, porque para isso ele nasceu. Ele veio para buscar e salvar o perdido. Ele nasceu para salvar e resgatar o homem que se perdeu ao longo do caminho.

Pergunte à pequena criança e ao velho encanecido quem é Jesus e logo terá a resposta. Pergunte à mãe cristã, aflita e triste que acabou de perder o filho, e ela dirá quem é Jesus. Ele muda a história do mundo, move corações de reis e poderosos, mas o seu maior interesse é mudar o coração do homem tão corrompido. E ele pode é quer mudar. Por isso seu nascimento é diferente de todos os demais. É tão diferente que ele somente se regozija quando ele vem a nascer no coração do homem que tanto ama.

Agora que você já conhece esta grandiosa diferença, faça como os humildes pastores que foram visitá-lo apressadamente – dê a sua reverência e cante louvores como eles, porque em Belém, na cidade de Davi, nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor. (Lucas 2.8-14).

O Caminho e o Atalho

O meu povo se tem esquecido de mim, queimando incenso a deuses falsos; fizeram-se tropeçar nos seus caminhos, e nas veredas antigas, para que andassem por atalhos não aplainados” (Jr.18.15).

O caminho pode ser longo. O atalho é sempre mais curto. Parece que chegaremos mais rápido ao destino.

O caminho exige paciência. O atalho é a rota dos impacientes e daqueles que se julgam espertos.

O caminho tem suas regras. O atalho é livre, sem controle. Por isso, é mais perigoso também. É a rota dos aventureiros, rebeldes, fugitivos e independentes.


O caminho tem seu preço. O atalho é, aparentemente, mais barato ou gratuito.

O caminho é geralmente conhecido ou tem informações disponíveis. O atalho é imprevisível.

O caminho, mesmo que seja difícil, nos leva ao destino desejado. O atalho nem sempre termina onde gostaríamos.

Muitos querem ganhar tempo e perdem a vida. Querem pular etapas e pagam alto preço por isso.

O trabalho é um caminho. O furto é o atalho.

O casamento é um caminho. O sexo ilícito é um atalho.

Para ter Isaque, Abraão precisava percorrer um caminho. Para ter Ismael, recorreu ao atalho.

Apesar das aparências, optar pelas rotas alternativas pode ser mais caro ou até fatal. Isto acontece quando abandonamos o padrão divino e resolvemos fazer as coisas ao nosso modo.

Deus nos promete um galardão no céu (Mt.5.12). Para isto, ele preparou o caminho: Jesus (João 14.6). Mas existem galardões na terra (Mt.6.2), alcançados por meio dos atalhos. Judas Iscariotes abandonou o caminho e recebeu rapidamente o seu galardão (At.1.18). Entretanto, perdeu a salvação, o ministério e a vida.

Jesus veio estabelecer o Reino de Deus (Mt.4.17). Para isso, havia um caminho, que incluía a cruz e o túmulo. Satanás lhe ofereceu os reinos deste mundo (Mt.4.8-9). Para isso, havia um atalho: adorar o inimigo (aparentemente simples, fácil e rápido).

Todos os que querem evitar a cruz, trocam o caminho pelo atalho, mas não chegam onde gostariam.

Deus nos prometeu a glória celestial, futura e eterna. Para isto existe o caminho: Jesus.

O mundo nos oferece vanglórias imediatas, temporárias e fugazes. Para isto servem os atalhos.

Vivemos no tempo do imediatismo. O homem moderno não pode esperar. Cinco minutos no trânsito parecem uma eternidade. Esta é a geração fast-food. Tudo deve ser instantâneo. Por isso, os atalhos têm sido a opção de muitos. Entretanto, a cultura cristã é outra. A longanimidade é característica de quem trilha um longo caminho, com paciência e esperança. A recompensa é alcançar, no tempo certo, todo o propósito de Deus.

“Os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele; sem vos desviardes para a direita ou para a esquerda” (Is.30.21).

Prisioneiro da Própria Liberdade

Jesus continuou: "Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança'. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles.

"Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente. Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade. Por isso foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos. Ele desejava encher o estômago com as vagens que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada." Lc 15:11-16

Quando vemos as notícias policiais na televisão percebemos que existem diferentes tipos de prisioneiros em nossas cadeias.

Alguns estão presos injustamente pelo fato de serem inocentes das acusações, outros estão presos porque desdenharam da lei, confiando que jamais seriam pegos no seu delito. Em ambos os casos, poderíamos afirmar que sua prisão foi involuntária, jamais teriam se entregado ou facilitado a ação dos seus perseguidores.

Outro tipo de prisioneiro é aquele que, mesmo sabendo que dificilmente deixará de ser pego, não consegue evitar o crime. Os motivos podem ser: ira intensa, ciúmes, vingança, etc.

Encontramos, porém, na história do filho pródigo um tipo diferente de prisioneiro. Ele não está atrás das grades, não foi condenado, não há sentença a ser cumprida em uma penitenciária, mas, por opção, voluntariamente, colocou-se numa situação de dificuldade extrema. Pediu e obteve do pai antecipadamente a parte que lhe cabia da herança e partiu para uma terra distante.

Depois de ter gasto toda a sua herança começou a passar necessidade, a ponto de desejar comer a mesma comida que dava aos porcos no único emprego que conseguiu naquele momento de crise. O típico prisioneiro da própria liberdade. Pediu e a obteve, mas depois não soube muito bem o que fazer com ela.

Percebemos hoje um quadro semelhante em nossa sociedade. Os homens têm ansiado serem independentes do Criador a qualquer custo, porém, independência nem sempre é sinônimo de liberdade.

Nunca se enfatizou tanto a individualidade, a liberdade de escolhas e a pluralidade. Talvez, por isso mesmo, nunca vimos tanta insegurança e insatisfação em pessoas que deveriam estar comemorando a liberdade obtida.

Estamos vivendo dias difíceis. Cada criatura de Deus que chega a esta Terra, em vez de reconhecer sua limitação e depender do Criador, considera-se autosuficiente, um "pequeno deus" que não precisa prestar contas a ninguém.

Imagine bilhões de "deuses" convivendo num planeta tão pequeno. Aparentemente livres, infelizmente, prisioneiros.

"Se o Filho vos libertar, vocês de fato serão livres" - João 8:36.

Princípios Bíblicos sobre Finanças

Falar sobre finanças parece ser algo muito pouco espiritual. Acontece, entretanto, que, na prática, não podemos ignorar o fato de que lidamos com esse assunto todos os dias.

Existem 1.565 versículos que falam em dinheiro. Curiosamente, dos 107 versículos do sermão do monte 28 se referem a dinheiro. Além disso, Jesus se referiu ao dinheiro (ou riqueza) em 13 parábolas. Isso mostra como a Bíblia trata desse assunto com expressividade.

O Senhorio de Deus é sobre absolutamente todas as coisas, inclusive sobre as riquezas e os recursos. Ele tem todo o poder e autoridade sobre tudo e todos. O profeta Ageu escreveu que o Senhor dos Exércitos disse: "minha é a prata e meu é o ouro" (Ag 2.8). Desde os tempos de Moisés havia a compreensão que "é Ele que te dá força para adquirires riquezas..." (Dt 8.18)

Vamos apontar alguns princípios bíblicos sobre finanças e citar referências selecionadas para fundamentar esses princípios. Comentários adicionais se fazem desnecessários. Abra seu coração e deixe o Espírito de Deus revelar em sua vida a aplicação de cada princípio desses para não cair na insensatez.

Em relação a você mesmo

1. Viva do seu trabalho - Ef 4.28: "Aquele que furtava, não furtes mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir o necessitado". - Sl 128.2: "Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás e tudo te irá bem". - 1 Ts 4.10-12: "Contudo, vos exortamos, irmãos, a progredirdes cada vez mais e a diligenciardes por viver tranqüilamente, cuidar do que é vosso e trabalhar com as próprias mãos, como vos ordenamos, de modo que vos porteis com dignidade para com os de fora e de nada venhais a precisar".

2. Não viva à custa dos outros - 2 Ts 3.7-8,10,12: "...pois vós mesmos estais cientes do modo por que vos convém imitar-nos, visto que nunca nos portamos desordenadamente entre vós, nem jamais comemos pão a custa de outrem; pelo contrário, em labor e fadiga, de noite e de dia, trabalhamos, a fim de não sermos pesados a nenhum de vós ...Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma...A elas, porém, determinamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando tranqüilamente, comam o seu próprio pão..."

3. Planeje seus gastos - planejar vem antes de gastar! - Lc 14.28: "Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para a concluir?"

4. Invista no que é necessário - Is 55.2: "Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares".

5. Contente-se com o que tem - 1 Tm 6.6-8: "De fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com o que vestir, estejamos contentes".

6. Não tenha apego ao dinheiro - 1 Tm 6.9-10: "Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e alguns nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores".

7. Não seja servo do dinheiro - Mt 6.24: "Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de se aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza".

Em relação à família

8. Cuide de sua família - 1 Tm 5.8: "Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente".

9. Guarde para seus filhos - 2 Co 12.14: "Eis que pela terceira vez, estou pronto a ir ter convosco e não vos serei pesado, pois não vou atrás de vossos bens, mas procuro a vós outros. Não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais, para os filhos". Pv 13.22a: "O homem de bem deixa herança aos filhos de seus filhos".

Em relação a Deus

10. Reconheça que tudo vem dele - 1 Cr 29.14: "Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de ti, e das tuas mãos to damos".

11. Honre-o com seus bens - Pv 3.9-10: "Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda, e se encherão fartamente os teus celeiros e transbordarão de vinho os teus lagares".

12. Mantenha uma posição de fé e confiança - Mt 6.25ss: "Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?... O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de tudo isso".

Em relação aos outros

13. Nunca fique devendo nada a ninguém - Rm 13.7-8: "Pagai a todos o que lhes é devido: a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra. A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor". Pv 22.7b: "O que toma emprestado é servo do que empresta".

14. Seja fiel com compromissos assumidos - 1 Co 4.1-2: "Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel".

15. Pague os impostos e tributos devidamente - Rm 13.6-7: "Por este motivo, também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo, constantemente, a este serviço. Pagai a todos o que lhe é devido; a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra".

16. Seja fiel com a propriedade do outro - Lc 16.12: "Se não vos tornastes fiéis na aplicação do alheio, quem vos dará o que é vosso?"

17. Muito cuidado ao ser fiador de alguém - Pv 11.15: "Quem ficar como fiador de qualquer um acabará chorando. Será melhor não se comprometer".

18. Seja generoso em dar e repartir - 1 Tm 6.18: "Mande que façam o bem, que sejam ricos em boas ações, que sejam generosos e estejam prontos para repartir com os outros aquilo que eles têm".
 

O cristão e o Ficar

É comum ver muitos perguntando se os cristãos podem ou não ficar, isto é, estar temporariamente com uma pessoa que acabou de conhecer e trocar carícias com ela, mesmo sendo um completo estranho.

Ficar não é namorar. Essa prática não requer compromisso algum. Costumo dizer que se você ficar, quando Jesus voltar, você fica!

Saiba o que Deus pensa

Veja o que a Bíblia tem a dizer sobre relacionamentos dessa natureza:

1. O ficar pode levá-Io a relacionar-se com a pessoa fora da vontade de Deus, e trazer-lhe maldições.

A maldição do Senhor está sobre a casa dos ímpios, mas ele abençoa o lardos justos  (Pv 3.33).

2. O ficar pode levá-lo a relacionar-se com gente estranha que pode jogá-Io numa cova profunda.

A conversa da mulher  (homem) imoral é uma cova profunda; nela caíra quem estiver sob a ira de Deus (Pv 22.14 - NVI).

3. O ficar abre portas para o prazer irresponsável que terá diversas conseqüências desagradáveis.

Quem se entrega aos prazeres passará necessidades ...  (Pv 21.1 7).

4. O ficar abre caminhos para o pecado oculto.

Quem anda com integridade anda com segurança, mas quem se­gue veredas tortuosas será descoberto  (Pv 10.9). O cristão deve afastar-se da contaminação do mundo (2 Cr 29.5,15-19; Êx 40.10,11; Nm 7.1; 2 Cr 7.16; Lv 27.14,16; Ex 13.2; Nm 3.13; Jo 10.36; 17.19; I Co 1.1,2; 1 Pe 1.1,2;Hb 10.14).

5. Planeje um relacionamento dentro da vontade de Deus para que você seja verdadeiramente feliz.

Não é certo que se perdem os que só pensam no mal? Mas os que planejam o bem encontram amor efelicidade (Pv 14.22 - NVI).

6. Se você quizer um bom futuro pela frente, seus pais devem ser ouvidos e honrados.

Ouça o seu pai, que o gerou; não despreze a sua mãe quando ela envelhecer. Se agir assim, certamente haverá bom futuro para você e a sua esperança não falhará (pv 23 .17 -18).

7. O ficar pode contaminar a sua vida com valores ímpios, mundanos.

Como fonte contaminada ou nascente poluída, assim é o justo que fraqueja diante do impio (Pv 25.26).

8. O ficar pode trazer feridas profundas por causa das relacões mentirosas.

Como um pedaço de pau, uma espada ou umaflecha aguda é o que dáfalso testemunho contra o seu próximo (Pv 25.18 - NVI).

9. Aceite a correção dos seus líderes, pois isso pode valer ouro para a sua vida.

Como brinco de ouro e enfeite de ouro fino é a correção dada com sabedoria a quem se dispõe a ouvi-Ia (Pv 25.12 - NVI).

10. O ficar pode levâ-lo a muitos erros. Procure mudar suas atitudes, caso contrário, você será considerado como um cachorro que come o próprio vômito.

Como o cão volta ao vômito, assim o insensato repete a sua insensatez (Pv 26.11).

11. Não brinque com os sentimentos dos outros.

Como o louco que atira brasas e flechas mortais, assim é o homem que engana o seu próximo e diz: Eu estava só brincando (Pv26.18-19).

12. Cuidado com as aparências, pois você pode acabar mal.

Como uma camada de esmalte sobre um vaso de barro, os lábios amistosos podem ocultar um coração mau (Pv 26.23).

13. Não dê ouvidos à conversa tendenciosa.

. .. mas no coração abriga a falsidade. Embora a sua conversa seja mansa, não acredite nele, pois o seu coração está cheio de maldade (Pv 26.24b - NVI)

14. O ficar pode levá-Io a cair na fé.

Quem faz uma cova, nela cairá; se alguém rola uma pedra, esta rolará de volta sobre ele (Pv 26.27).

15. O ficar abre caminho para relacionamentos complicados com conseqüências ruins para a sua vida.

O prudente percebe o perigo e busca refúgio; o inexperiente segue adiante e sofre as conseqüências (Pv 27.12). Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema o Senhor e evite o mal (Pv 1.7 - NVI).

A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual; Cada um saiba controlar o seu próprio corpo de maneira santa e honrosa, não dominado pela paixão de desejos desenfreados, como os pagãos que desconhecem a Deus. Neste as­sunto, ninguém defraude seu irmão nem dele se aproveite. O Senhor castigará todas essas práticas, como já lhes dissemos e asseguramos. Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santi­dade. Portanto, aquele que rejeita estas coisas não está rejeitando o homem, mas a Deus, que lhes dá o seu Espírito Santo (1 Ts 4.3-8).

Conseqüências de uma visão distorcida da familia

A prática do ficar é fortemente incentivada pelos meios de comunicação. Charles Colson e Nancy Pearcey citam em seu livro E Agora Como Vivemos? RJ: CPAD, 2000, alguns pontos que refletem uma mentalidade anticristã familiar decorrente dos valores propagados pelos meios de comunicação.

1. Os meios de comunicação propagam a libertade sexual antes do casamento.

Para a mídia casar-se virgem está fora de moda. A Pesquisa Nacional de Crescimento da Família descobriu, porém, que as mulheres que não são virgens quando se casam têm 71 % de maiores possibilidades de divórcio. Dizer não ao sexo antes do casamento quer dizer sim a um casamento forte (Josh McDowell, Why Say No to Sex?: The Case for Teaching Sexual Abstinence outside Marriage, Eastbourne, Inglaterra: Kingsway, 1995).

2. Os meios de comunicação propagam o amor livre, independente do casamento

Influencidos pela mídia, muitos casais consideram que ficar e depois morar juntos é uma espécie de casamento experimental, como forma de testar a compatibilidade e, assim, terem uma união conjugal melhor mais tarde. Mas a realidade é exatamente o contrário: coabitação antes do casamento quase certo destrói as chances de um bom relacionamento no futuro lar. Cerca de 90% dos casais que moram juntos dizem que querem casar-se, mas a Pesquisa Nacional da Família e do Lar descobriu que quase metade dos casais separa-se antes de assinar os papéis. Aqueles que realmente se casam são 50% mais propensos ao divórcio. Coabitar não é uma preparação para o casamento: literalmente prepara os casais para o fracasso. (The National Survey of Families and Households - Levantamento Nacional de Família e Lar - como citado em Maniage Savers, 39 de McManus). A imoralidade aprisiona as pessoas (Pv 5.1-4; 22-23), traz ruína (Pv 5.1-4), e leva a pessoa para o inferno (Pv 5.3-5).

Sonhos destruídos

O ficar é alimentado por programas como Malhação, as novelas e Big Brother Brasil e outras atrações do gênero, as quais incentivam essa prática. De acordo com a Veja, 15 de setembro de 2004, p. 73, um estudo realizado pela Universidade da Califómia constatou que jovens que assistem com freqüência a programas dessa natureza, são duas vezes mais propensos a precocidade nas relações sexuais do que aqueles que não vêem esse tipo de espetáculo porque os pais não permitem.

O estudo analisou hábitos televisivos e sexuais de 1792 adolescentes ao longo de um ano. "É um aprendizado por imitação ", diz a psicóloga americana Rebeca Collins, uma das responsáveis pelo levantamento. "Se todo mundo está falando sobre sexo e fazendo sexo sem que nenhuma conseqüência negativa seja mostrada, o jovem pensa: eu preciso fazer sexo também. " Esses programas também levam o jovem a queimar etapas mais rapidamente. O estudo sugere ainda que crianças de 12 anos que assistem a atrações com conteúdo erótico mostram um despertar sexual similar ao de adolescentes de 14 ou 15 anos que vêem poucos programas desse tipo.

1 milhão de adolescentes engravidam a cada ano.

Sonhos miseráveis

Segundo a revista IstoÉ, 12 de março de 2008, p. 98, é raro encontrar um programa de tevê tão criticado pela frivolidade como o Big Brother Brasil. "O oitavo Big Brother Brasil bateu recorde em seu paredão, momento no qual os te1espectadores da Rede Globo tiram um participante da casa (onde eles ficam confinados) e da disputa ao prêmio de R$ 1 milhão". Foram cerca de 64,6 milhões de votos. "Para se ter idéia da mobilização", informa a IstoÉ, "o presidente Lula foi reeleito, em 2006, com 58,3 milhões e depois de meses de campanha pelo País". Eugêncio Bucci diz acertadamente que a pobreza dos sonhos de fama dos que se candidatam ao cativeiro de luxo de Big Brother Brasil espelha a pobreza dos sonhos do espectador cativo, que espera o espetáculo recomeçar (Jo 8.34, 32, 36). Os crentes devem separar­se da imundície e da imoralidade (1 Ts 4.1-8; Êx 19.22; 2 Co 6. 17,18; 2 Tm2.21; 2 Jo 9,10; Rm6.l1,12; Ef4.22,25-32; CI 3.5-9).

Cuidado, quando Jesus Cristo vier, você vai FICAR.

Que Deus continue lhes abençoando.

10 Passos para não se casar com a pessoa errada

Com a taxa de divórcio acima de 50%, aparentemente pessoas demais estão cometendo um grave erro ao decidir com quem pretendem passar o resto de sua vida. Para evitar tornar-se uma "estatística", tente interiorizar estes dez pontos a fim de não entrar em uma "fria".

1. Você escolhe a pessoa errada porque espera que ele/ela mude depois do casamento.

O erro clássico. Nunca despose um potencial. A regra de ouro é: Se você não pode ser feliz com a pessoa como ela é agora, não se case. Como disse, muito sabiamente, um colega meu: "Na verdade, pode-se esperar que alguém mude depois de casado... para pior!"

Portanto, quando se trata da espiritualidade, caráter, higiene pessoal, habilidade de se comunicar e hábitos pessoais de outra pessoa, assegure-se de que pode viver com estes como são agora.

2. Você escolhe a pessoa errada porque se preocupa mais com a química que com o caráter.

A química acende o fogo, mas o bom caráter o mantém aceso. Esteja consciente da síndrome "Estar apaixonado". "Estou apaixonado" freqüentemente significa "Sinto atração física." A atração está lá, mas você averiguou cuidadosamente o caráter dessa pessoa?

Aqui estão quatro traços de personalidade para serem definitivamente testados:

Humildade: Esta pessoa acredita que "fazer a coisa certa" é mais importante que o conforto pessoal?

Bondade: Esta pessoa gosta de dar prazer aos outros? Como ela trata as pessoas com as quais não tem de ser agradável? Ela faz algum trabalho voluntário? Faz caridade?

Responsabilidade: Posso confiar que esta pessoa fará aquilo que diz que fará?

Felicidade: Esta pessoa gosta de si mesma? Ela aprecia a vida? É emocionalmente estável?

Pergunte-se: Eu desejo ser como esta pessoa? Quero ter um filho com esta pessoa? Gostaria que meu filho se parecesse com ela?

3. Você fica com a pessoa errada porque o homem não entende aquilo que a mulher mais precisa.

Homens e mulheres têm necessidades emocionais específicas, e quase sempre, é o homem que simplesmente "não consegue." A tradição judaica coloca sobre o homem o ônus de entender as necessidades emocionais de uma mulher, e de satisfazê-las.

Para a mulher, o mais importante é ser amada - sentir que é a pessoa mais importante na vida do marido. O marido precisa dar-lhe atenção consistente e verdadeira.

Isso fica mais evidente na atitude do judaísmo para com a intimidade sexual. A Torá obriga o marido a satisfazer as necessidades sexuais da mulher. A intimidade sexual é sempre colocada em termos femininos. Os homens são orientados para um objetivo, principalmente quando se trata desta área. Como disse certa vez uma mulher inteligente: "O homem tem duas velocidades: ligado e desligado." As mulheres são orientadas pela experiência. Quando um homem é capaz de trocar as marchas e torna-se mais orientado pela experiência, descobrirá o que faz sua esposa muito feliz. Quando o homem se esquece de suas próprias necessidades e se concentra em dar prazer à mulher, coisas fantásticas acontecem.

4. Você escolhe a pessoa errada porque vocês não partilham metas de vida em comum e prioridades.

Existem três maneiras básicas de nos conectarmos com outra pessoa:
1. Química e compatibilidade
2. Partilhar interesses em comum
3. Compartilhar o mesmo objetivo de vida
 
Assegure-se de que você compartilha o profundo nível de conexão que objetivos de vida em comum proporcionam. Após o casamento, os dois crescerão juntos ou crescerão separados. Para evitar crescer separado, você deve entender para que "está vivendo" enquanto é solteiro - e então encontrar alguém que tenha chegado à mesma conclusão que você.

Esta é a verdadeira definição de "alma gêmea." Uma alma gêmea tem o mesmo objetivo - duas pessoas que em última instância compartilham o mesmo entendimento ou propósito de vida, e portanto possuem as mesmas prioridades, valores e objetivos.

5. Você escolhe a pessoa errada porque logo se envolve sexualmente.

O envolvimento sexual antes do compromisso de casamento pode ser um grande problema, porque muitas vezes impede uma completa exploração honesta de aspectos importantes. O envolvimento sexual tende a nublar a mente da pessoa. E uma mente nublada não está inclinada a tomar decisões corretas.

Não é necessário fazer um "test drive" para descobrir se um casal é sexualmente compatível. Se você faz a sua parte e tem certeza que é intelectual e emocionalmente compatível, não precisa se preocupar sobre compatibilidade sexual. De todos os estudos feitos sobre o divórcio, a incompatibilidade sexual jamais foi citada como o principal motivo para as pessoas se divorciarem.

6. Você fica com a pessoa errada porque não tem uma profunda conexão emocional com esta pessoa.

Para avaliar se você tem ou não uma profunda conexão emocional, pergunte: "Respeito e admiro esta pessoa?"

Isso não significa: "Estou impressionado por esta pessoa?" Nós ficamos impressionados por um Mercedes. Não respeitamos alguém porque tem um Mercedes. Você deveria ficar impressionado pelas qualidades de criatividade, lealdade, determinação, etc.

Pergunte também: "Confio nesta pessoa?" Isso também significa: "Ele ou ela é emocionalmente estável? Sinto que posso confiar nele/nela?"
 

7. Você se envolve com a pessoa errada porque escolhe alguém com quem não se sente emocionalmente seguro.

Faça a si mesmo as seguintes perguntas: Sinto-me calmo, relaxado e em paz com esta pessoa? Posso ser inteiramente eu mesmo com ela? Esta pessoa faz-me sentir bem comigo mesmo? Você tem um amigo realmente íntimo que o faz sentir assim? Assegure-se que a pessoa com quem vai se casar faz você sentir-se da mesma forma!

De alguma maneira, você tem medo desta pessoa? Você não deveria sentir que é preciso monitorar aquilo que diz porque tem medo da reação da outra pessoa. Se você tem receio de expressar abertamente seus sentimentos e opiniões, então há um problema com o relacionamento.

Um outro aspecto de sentir-se seguro é que você não sente que a outra pessoa está tentando controlá-lo. Controlar comportamentos é sinal de uma pessoa abusiva. Esteja atento para alguém que está sempre tentando modificá-lo. Há uma grande diferença entre "controlar" e "fazer sugestões." Uma sugestão é feita para seu benefício; uma declaração de controle é feita para o benefício de outra pessoa.

8. Você fica com a pessoa errada porque você não põe todas as cartas na mesa.

Tudo aquilo que o aborrece no relacionamento deve ser trazido à baila para discussão. Falar sobre aquilo que incomoda é a única forma de avaliar o quão positivamente vocês se comunicam, negociam e trabalham juntos. No decorrer de toda a vida, as dificuldades inevitavelmente surgirão. Você precisa saber agora, antes de assumir um compromisso: Vocês conseguem resolver suas diferenças e fazer concessões que sejam boas para ambas as partes?

Nunca tenha receio de deixar a pessoa saber aquilo que o incomoda. Esta é também uma maneira para você testar o quanto pode ficar vulnerável perante esta pessoa. Se você não pode ser vulnerável, então não pode ser íntimo. Os dois caminham juntos.

9. Você escolhe a pessoa errada porque usa o relacionamento para escapar de problemas pessoais e da infelicidade.

Se você é infeliz e solteiro, provavelmente será infeliz e casado, também. O casamento não conserta problemas pessoais, psicológicos e emocionais. Na melhor das hipóteses, o casamento apenas os exacerbará.

Se você não está feliz consigo mesmo e com sua vida, aceite a responsabilidade de consertá-la agora, enquanto está solteiro. Você se sentirá melhor, e seu futuro cônjuge lhe agradecerá.

10. Você escolhe a pessoa errada porque ele/ela está envolvido em um triângulo.

Estar "triangulado" significa que a pessoa é emocionalmente dependente de alguém ou de algo, ao mesmo tempo em que tenta desenvolver um outro relacionamento. Uma pessoa que não se separou de seus pais é o exemplo clássico de triangulação. As pessoas também podem estar trianguladas com objetos, tais como o trabalho, drogas, a Internet, passatempos, esportes ou dinheiro.

Assegure-se de que você e seu parceiro estejam livres de triângulos. A pessoa apanhada em um triângulo não pode estar emocionalmente disponível por completo para você. Você não será a prioridade número um. E isso não é base para um casamento.

Cobrindo a nudez

"... tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo de linho..." - (Mateus 27. 59)

Quando contemplamos gravuras ou quadros que mostram a cena de Jesus na cruz, percebemos que as Suas partes íntimas estão sempre cobertas. É possível que alguém tenha obtido permissão para cobrir a nudez de Jesus, pois, expor o corpo nu era uma forma de humilhar os condenados ou prisioneiros de guerra. É possível também que os artistas e pintores, por questão de pudor e respeito, tenham acrescentado a proteção, cobrindo, assim, a nudez de Jesus.

Um símbolo na Bíblia para a nudez, em particular no que se refere às partes íntimas é: "vergonhas". Quando acontecia de uma mulher ser flagrada em adultério, era humilhada em público, sendo suas roupas levantadas acima da sua cabeça. Os que aplicavam as punições eram hipócritas... Como Jesus bem o demonstrou em João, 8.1,11.

Deus conhecia bem a hipocrisia dos israelitas, como conhece hoje a dos que estão na Igreja, vivendo falsa religiosidade, piedade, santidade e espiritualidade. Por isso avisa-os através dos profetas: "Porei a descoberto as suas vergonhas" (segundo o texto, morais e espirituais, conforme Isaías, 3.17; 7.20; Jeremias, 13.22,26; Naum, 3.50).

Lamentavelmente, há muitos entre o povo de Deus que sentem prazer mórbido em expor as vergonhas dos líderes e, de modo cruel, dos ungidos do Senhor, esquecendo-se das advertências divinas (II Samuel, 24.10; 26.9; I Crônicas, 16.22; Salmos, 105.15). Aos impiedosos, Deus adverte que vai tornar públicas as suas vergonhas (Jeremias, 13.26).

A imagem da Igreja, em geral, tem sido desgastada e desacreditada porque os próprios "membros" do Corpo de Cristo dão ênfase, até para descrentes, das falhas dos seus irmãos na fé. O Apóstolo Paulo se refere a tais pessoas como vãs, porque o que elas fazem e tramam em oculto, só o referir, só o comentar... Já é vergonhoso (Efésios, 5.12).

Uma das características de Jesus, o Messias, é que Ele não expõe publicamente as nossas falhas pessoais, não esmaga a cana quebrada, nem apaga a pequenina chama, quando por algum motivo caímos (Isaías, 42.1,4; Mateus, 12.18,20); não foi assim que agiu quando apareceu aos Seus discípulos após a ressurreição, naquela que foi para eles a Reunião da Restauração? "Paz seja convosco!" (João, 20.19,26).

Quem cobre as vergonhas do seu irmão demonstra amor, compaixão e temor a Deus; quem as expõe, mostra ausência de misericórdia.

Os Sete Caminhos do Deserto Que Nos Levam a Deus

Texto Dt. 8.2-3


Introdução

Algumas vezes Deus permite que certas circunstâncias surjam na nossa vida, só para ver se somos assim tão honestos e sinceros quando falamos no Seu nome. Por isso, Ele permite que na nossa vida aconteçam dificuldades, adversidades, opressões, doenças, e problemas familiares. Por que Deus permite o deserto na nossa vida?. A própria Palavra de Deus nos afirma que, muitas vezes, o próprio Deus nos manda para o deserto. E, para que não tenhamos dúvidas sobre isso, lembremos que nem mesmo o Filho de Deus, ficou isento da provação. O Espírito Santo o conduziu ao deserto para ser tentado pelo diabo (Mt.4.1).

O povo de Israel viveu no Egito durante 430 anos, a maior parte deste período, foram como escravos. Viveram numa liberdade reprimida e controlada pelos egípcios que possuíam crenças e hábitos estranhos aos valores espirituais de Israel. Isso resultou na assimilação de alguns hábitos e comportamentos, e no surgimento de sentimentos mesquinhos, medíocres e negativistas, os quais se tornaram mais evidentes no deserto. Esses sentimentos faziam com que o povo de Israel reclamasse de tudo e perdesse boas oportunidades de valorizar as experiências com Deus no deserto. Dessa forma, o povo acabou tornando-se mais hostis e amargos.

O ambiente do deserto permitiu a Israel perceber não só as suas limitações e desafios, como também a grandeza de Deus evidenciada por grandes obras e preciosas lições. Essas experiências foram necessárias para mudar essa Nação à maneira de Deus, pois como povo Seu, ela deveria cumprir os seus propósitos aqui na terra como havia sido dito a Abraão: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn.12.3).

Quando falamos em deserto a primeira coisa que vem na nossa mente é de imaginarmos uma região que não chove, de um lugar quente e seco, incapaz de sustentar pouca vida. Um lugar de muita areia e pedras, onde não existe conforto, nem água para beber. E o deserto espiritual, o que vem ser na realidade?. Posso definir em poucas palavras: É O LUGAR ONDE DEUS TOCA PROFUNDAMENTE A ALMA DO HOMEM.

Queridos, o deserto espiritual é exatamente a mesma coisa. É a nossa “vida seca” diante da presença de um Deus que nos dá vida e vida em abundância. Deus permite que aconteça o deserto na nossa vida para provar o nosso coração, se ele está firme N’Ele, ou se ainda estamos vacilantes na fé. O deserto põe o homem face a face com Deus. À medida que o homem mostra a sua fraqueza, ele se vê obrigado a buscar refúgio e amparo no Senhor. Veja que após a euforia da saída do Egito, e do milagre da passagem pelo Mar Vermelho, onde todos passaram de pés secos, atrás deles, o mar se fechou mostrando que Deus só abre caminho para seus filhos, e o caminho que Deus abriu para você ninguém mais vai passar!. Você crê nisso?!.

O povo começou a sua caminhada pelo deserto, vindo em seguida às provações, pois para Deus o ouro quanto mais provado no fogo, mais puro fica, e melhor é o seu valor!. É no deserto que nos despojamos de nós mesmos. É o encontro da verdade. É quando nos quebrantamos num ambiente hostil, onde não gostamos e nem estamos acostumados a ficar. Saiba que Deus não atrai crianças nem covardes para o deserto, mas homens que demonstrem coragem para lutar e vencer as batalhas que lá se encontram. O próprio Jesus deu o testemunho sobre um homem valente que seria encontrado no deserto ao falar de João Batista (Mt. 11.7-14).

O deserto é uma obra de Deus, para onde Ele dirige os seus eleitos (Os.2.16). É onde Deus parece atrair-nos para uma experiência. Um chamado de Deus, para mergulharmos na mais profunda intimidade pessoal com o Senhor. Não podemos cair na tentação de dizer que o deserto é uma punição divina, o que não é verdade, pois até os grandes homens de Deus passaram por essa experiência em suas vidas. Deus promete que nos ajudará a passar por esse período, que costumamos chamar de deserto.

No deserto Ele nos protege, nos defende, nos ajuda, e até nos livra dos perigos. Deserto é um lugar de passagem, não é um lugar para se morar!. Talvez você esteja pensando assim: se o deserto é um lugar de solidão, de falta de perspectiva, onde andamos sem rumo, nos sentimos tristes, abatidos, e amargurados, então por que Deus não evita de passarmos por esse lugar tão sombrio?.

Amados, não há como evitar!. Um dia todos nós teremos que passar por ele!. Pense diferente!. Lembre-se: foi preciso atravessar o deserto para que o povo de Deus pudesse alcançar a terra que o Senhor havia prometido!. Deserto é lugar onde experimentamos os milagres de Deus, mesmo no meio de tantas adversidades. Um lugar onde não há resposta para todas as nossas perguntas, todavia lá existe o mais importante: a Presença de Deus!. É onde Deus governa totalmente a nossa vida!. O deserto é lugar de autoconhecimento e de preparação para os guerreiros que estão dispostos a aprenderem a conquistar!.

Embora o deserto seja um lugar de escassez, de luta e sofrimento, é também uma fonte de permanente poder, cenário onde Deus quer nos capacitar, preparar, e transformar a nossa vida para que ela seja um referencial para a nossa igreja, para os nossos amigos e nossos familiares. Deus quer que todos vejam o seu exemplo de vida cristã. Vejamos então os Sete Caminhos que Deus nos leva para que a nossa vida seja impactada!.

O PRIMEIRO CAMINHO – NO DESERTO NOS HUMILHAMOS

Ele sabe que o maior inimigo de nós mesmos é o ego: o orgulho, a vaidade, a soberba, a prepotência, a auto-suficiência. Deus quer nos livrar da nossa justiça própria que se recusa a reconhecer os nossos próprios pecados. Deus quer nos livrar da hipocrisia, dos altos padrões morais, teimamos mostrar para os outros, mas que na verdade não movemos um dedo para vivê-los. Deus quer nos livrar de um espírito crítico que vê o cisco no olho do irmão, mas não consegue perceber a trave que está dentro dos seus olhos!.

No deserto, Deus nos faz ver quem realmente somos!. As máscaras caem. Os pecados mais íntimos são revelados. Arrependimento e contrição são seguidos pelo perdão de Deus que nos faz humildes na sua presença. O Senhor nos conhece muito bem, mas nós não nos conhecemos como Ele nos conhece!. Atravessar o deserto ajuda a nos conhecer melhor, e nos tornarmos uma pessoa muito melhor. O caminho do deserto é difícil, mas não impossível para quem vai atravessá-lo. Deus atravessa conosco!.

O SEGUNDO CAMINHO – NO DESERTO DEUS NOS PROVA

Não temos dúvidas da onisciência de Deus. Ele sabe o que ocorre nos recessos de nosso coração. Ao mesmo tempo, Deus quer evidências de que estamos prontos para obedecê-lo de todo coração. Palavras somente, por mais tocantes que sejam não são suficientes para Deus. Podemos confessar com lágrimas que amamos Deus e que estamos prontos a entregar nossa vida para ele. Hipocrisia nossa!. É no deserto que vamos demonstrar a realidade de nosso amor por Deus. Quando tudo vai bem, é fácil louvar a Deus. No deserto, somos surpreendidos quando descobrimos o que está guardado bem no fundo do nosso coração.

Se há murmuração, ingratidão e desejos de voltar para o Egito, ou uma fé inabalável Naquele que prometeu, uma terra que mana leite e mel. Cada deserto que atravessamos na nossa vida, terá um valor inestimável para nosso crescimento espiritual!. É um lugar de oportunidades, um lugar de encontro, onde nossas lágrimas serão mais verdadeiras. Lá descobriremos que aquilo que achávamos ser, não é realmente o que somos!. È lá que os nossos valores serão questionados. É lá que percebemos nossos limites, quando nos defrontamos com a nossa fragilidade. É lá que somos desmascarados, e os mais íntimos sentimentos do coração, são trazidos para fora.

Quando somos postos a prova por Deus, vamos descobrir que as nossas próprias forças são limitadas. Quando o Senhor nos confronta no deserto, começamos a entender o quanto espiritualmente somos fracos e que precisamos de um alicerce chamado Deus para suportar todas as provas.

O TERCEIRO CAMINHO – NO DESERTO DEUS NOS DÁ SUA PROVISÃO

Enquanto vivemos na ilusão de que somos capazes de resolver nossos problemas e conduzir nossas vidas, não saberemos o que é a intervenção de Deus. Confiamos mais em nosso contra cheque, em nossas posses, em nossas habilidades, nos nossos bens. É no deserto que vamos descobrir que a água pode jorrar da pedra e o pão pode vir do céu. No deserto experimentamos a presença de Deus agindo de forma inconfundível na nossa vida, para darmos testemunho de que ele é o Deus vivo e Eterno.

O povo necessitava aprender que sua simples existência não dependia de seus próprios esforços, mas de Deus ir ao encontro dessas necessidades. Cada manhã Deus diria uma nova palavra e providenciaria o alimento daquele dia. Em Mateus cap. 4 e Lucas cap.4 Jesus nos dá um belo exemplo quando venceu a primeira tentação de Satanás. Apesar de faminto, escolheu esperar uma palavra de Deus, sabendo que esperar pelo Pai é mais essencial à vida do que o próprio alimento!. É esta verdade que a experiência no deserto com suas severas privações, superadas dia a dia pela provisão divina, pretendeu ensinar o povo hebreu.

O QUARTO CAMINHO – NO DESERTO DEUS NOS ALIMENTA ESPIRITUALMENTE

Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. A verdade de Deus nos alimenta, nos fortalece, nos dirige, nos corrige, nos educa, nos disciplina. Ela é a nossa vida. Como uma árvore ao lado de um rio, assim é aquele que ama a Palavra de Deus. Suas folhas são verdes e seus frutos abundantes. Como um pai, Deus nos disciplina para que alcancemos a maturidade.

Por isso, não desfaleça no deserto. Há um propósito. Há uma necessidade. E quando você entrar na terra prometida, você se lembrará que as mais preciosas lições da vida foram aprendidas no deserto. E para nossa surpresa vamos entender que Deus sempre esteve presente no nosso deserto. Bem aventurados são os que atravessaram o deserto e não perderam o afeto por Deus, pois puderam enxergar em meio à escuridão, a luz de Deus.

O QUINTO CAMINHO – NO DESERTO APRENDEMOS MAIS DE DEUS

No deserto encontramos algo valioso: o renascer de nossa alma e do nosso espírito. Se a alma estava corrompida ficará são. Se o espírito estava doente ficará sarado. Se estava velho, ficará novo!. Se o coração estava orgulhoso e vaidoso, se tornará humilde. Se estava longe de Deus, certamente estará mais próximo D’Ele!. Quando estamos no deserto ninguém se mete!. É só Deus e nós!. Deus quer que cheguemos bem perto D’Ele!.

É nesse momento que temos que abrir o coração para aprender. Aprender com Deus, aprender mais de Deus, e da Sua Palavra. Mostrar os nossos erros, depender mais D’Ele, aprender a amar mais os outros, aprender a fazer o bem para os outros, e aprender a perdoar os outros. Deus nos ensina para praticarmos, por em ação algo que estava perdido e adormecido dentro de nós!.

No fim da nossa jornada pelo deserto, já teremos aprendido a não nos preocupar com as circunstâncias que nos rodeiam. Já não nos importaremos se as dunas eram altas, se o sol era muito quente, se a noite fazia muito frio, ou se o caminho foi muito longo. A melhor lição que o deserto quer nos ensinar, é que Deus esteve presente o tempo todo conosco, nos protegendo e nos guardando dos grandes perigos (Is.43.2).

O SEXTO CAMINHO – NO DESERTO APRENDEMOS A ORAR E SER DEPENDENTES DE DEUS

Como podemos aproximarmo-nos de Deus e receber do Senhor a certeza de nossa mudança e transformação, se não tivermos comunhão com Ele?. Comunhão de intimidade!. Aproximação verdadeira para falarmos com Ele!. Como poderemos aprender a ouvir a voz de Deus, se não for através da oração. E como iremos aprender de Deus, se não houver intimidade com Ele?.

Só teremos intimidade com o Senhor, se tivermos ligados a Ele com as nossas orações. Não faça orações para pedir coisas desnecessárias, coisas sem importância para a sua vida. Procure-o!. Busque-o! Deseje-o!. Chore por Ele!. Anseie por Ele!. Só assim cresceremos e nos tornaremos dependente do seu poder e da sua glória para superarmos o deserto!.

O homem que depende de Deus é aquele que vive em retidão, não tem o coração “seco”, frio, seus pensamentos não são áridos, nem seu ministério é estéril. O dependente de Deus tem revelação, unção, graça. É vitorioso em Cristo.

O SÉTIMO CAMINHO – NO DESERTO APRENDEMOS A CHORAR E A CLAMAR POR DEUS

Muitos, só sabem murmurar, quando aparecem as adversidades. Foi assim com o povo hebreu. Eles não sabiam bem o que queriam. Às vezes queriam chegar em Canaã, outra hora, queriam voltar para o Egito. Mas como conseguir ir em frente sem olhar para trás?. Simplesmente clamando, chorando e se quebrantando na presença do Senhor. O coração pode até ficar indeciso nessas horas, mas mesmo assim Deus se fará presente para nos ajudar nas nossas dúvidas!.

Nos dias atuais, devido a uma vida cheia de compromissos, as pessoas muitas vezes negligenciam o tempo para Deus, gastam quase a totalidade do tempo em atividades que não tem muito valor à luz da eternidade. Dedicamos por exemplo muito tempo ao nosso trabalho e pouco tempo ao culto, lemos livros, revistas, vemos televisão, vamos ao cinema, mas são poucos os que lêem a Bíblia. Falamos muito com nossos amigos, mas quase não falamos de Deus para eles, e o pouco tempo que nos sobra não dedicamos à oração!..

Isso nos traz grandes prejuízos espirituais, pois perdemos nossa sensibilidade espiritual. Por esta razão a Bíblia nos exorta a aplicarmos diligência em nossa administração do tempo, e nos diz que devemos “remir o tempo porque os dias são maus”. No deserto temos todo o tempo do mundo para Deus. É quando nos derramamos na sua presença, clamamos a Ele, vamos a todos os cultos, participamos de campanhas, choramos, louvamos, oramos, reverenciamos. É no deserto que aprendemos a confiar, a obedecer e conhecer melhor o nosso Deus.

Conclusão

Amados, quando estiver passando pelo seu deserto, lembre-se que caminhando ao seu lado, tem um Deus Forte para lhe guiar até o final do caminho. Deus sabe que você vai chegar até o final da sua jornada, pois o fraco não consegue ir longe, na sua missão. Deus sabe que a impaciência e a incompreensão, estarão fazendo parte do seu caminho. Precisamos entender que o deserto não é só uma fase na nossa vida, mas um princípio espiritual.

Deus quer que reconheçamos que o deserto faz parte da Sua disciplina, mas também é um momento sublime de sabermos como os nossos corações estavam cheios de motivações erradas. Quando olhamos para as nossas igrejas, podemos ver que muitos estão entrando e outros estão saindo do deserto. Sempre que Deus precisar transformar o nosso caráter, é possível que muitos vão ser lançados no deserto. O tempo da nossa permanência ali dependerá exclusivamente de não murmurarmos, obedecermos e aceitarmos fazer a vontade do Senhor.


Fonte ; www.josiasalmeida.blogspot.com

A Depressão do Profeta Elias

"Elias, foi sentar-se embaixo de um pé de zimbro e pediu a morte" I Rs 19:4

É dificil entender como alguém de relacionamento tão íntimo com Deus, cheio do Espírito Santo, chegue a tal situação. Elias, não foi o primeiro, e não será o único. Por todos os dias, desfrutamos de misericórdia e fidelidade Divina, porém, quando as tribulações nos chegam, a falibilidade humana, tende a esquecer a infalibilidade de Deus. Elias, estava desanimado, angustiado e cheio de dúvidas:Ameaçado de morte, foge da terrível Jezabel e refugia-se no deserto, embaixo de um pé de zimbro, pedindo a morte.

Ele preferia ser morto por Deus, a ser entregue a uma ímpia . Elias, havia presenciado a morte, de muitos profetas, não esperava, contudo, que sua vez chegaria. Afinal, ele era amigo de Deus, com muitas promessas a serem realizadas. Isto já conteceu com você? Acreditou firmemente nas promessas Divinas e de repente viu tudo conspirar contra? Deus, havia esquecido de Elias? Haveria Deus, esquecido de mim e de você? Dos que O buscam e confiam em Sua providência?

Eu já estive como Elias. Foi quando escrevi o artigo: "No começo era o fim" ou "Não temas, verme de Jacó". Estive, em um momento de grande angústia, vi, uma porção preciosa de minha vida desmoronar. Parecia o fim. Não cheguei a pedir a morte, mas, era como se houvesse morrido. Me refugiei no "zimbro", A Palavra de Deus. As mensagens, que ministro, passam primeiramente por mim. Deus, me fala, me anima, me conforta, e me sinto na obrigação de fazer o mesmo. Porque sei, que outras vidas serão edificadas. Embaixo do "zimbro", recebo Àgua e Pão. Me fortaleço para prosseguir, confiante de que Deus está comigo.

Hoje, ao reler o artigo que escrevi a dois anos atrás, vejo como Deus me foi fiel. Converteu o mal começo. Tornou tudo novo e melhor! Maravilhoso É O Senhor! Grande em poder e misericórdia! Elias, caminhou solitário, por um dia, em direção ao deserto, sem comida, nem água, em silêncio, conversou com Deus, porque sequer tinha forças para falar. Ao encontrar a sombra, contemplou a aridez do solo, o céu, sem nuvens, e erguendo sua voz, orou, a Deus. Não era a oração que Deus, queria ouvir. Mas que Deus, sabia ser possível e previsível a todo e qualquer homem limitado e oprimido.

Satanás, ataca-nos em nossos momentos de fraqueza. Foi assim, com Jesus, no deserto. Jesus, teve fome, o inimigo, lhe ofereceu pão. Ele se apresenta, como a solução mais rápida e fácil. Foi assim com Elias: "Pede a morte, você, não merece mais viver dessa forma", essa voz, "martelava" na cabeça do profeta. Assim, como martelou na de Moisés, Jonas e Jô. Exatamente, quando se acharam em grande aperto, eles, também, pediram a morte. Ao nos sentirmos derrotados, o inimigo, tem a vitória.

Quando você estiver caminhando para o deserto, lembre-se, refugie-se no zimbro: "E deitou-se e dormiu debaixo do zimbro; eis então que o anjo o tocou, e lhe disse: levanta-te come" I Rs 19:5. Elias, estava tão desanimado que comeu bebeu, mas dormiu novamente. Isto, pode acontecer conosco. Elias, recebeu o Rhema de Deus. Deus, falando especificamente para Ele. Uma palavra viva, tão viva, que moveu o céu. Um anjo, visível, lhe animando. Elias, tornou a dormir. E pela segunda vez ouviu: "Levanta e come, te será muito longo o caminho"I Rs 19:7. O caminho foi realmente longo, o profeta, caminhou por quarenta dias no deserto, fortalecido por Deus.

Talvez, Elias desejasse, comer e dormir para sempre, mas, é impossível, permanecer inerte, quando Deus nos fala fazendo-nos saber que está conosco. Quando Deus fala, tudo se transforma. Quando Ele diz: "Não temas, pois, porque estou contigo" Is 43:5, impossível não se levantar. O profeta, seguiu, porém, após os quarenta dias, tornou a se sentir fraco. Se refugiou em uma caverna, e Deus, novamente, o falou, através de uma brisa "mansa e delicada". Elias estava obstinado. Deus, porém, não desistiu de Elias. Ele nunca desiste de nós. Por isso, "saia da caverna". Não se intimide pelas ameaças do inimigo. Coma e beba no "zimbro" e não desista.

"Senhor, mataram todos os profetas e só eu fiquei e buscam minha vida para matar-me" I Rs 19:14. Elias, estava certo de que era o único naquela situação. Deus, pacientemente , o manda retornar, diz para ele ungir Eliseu como profeta para substitui-lo, por fim, revela a Elias que existiam mais sete mil homens (profetas), na mesma situação dele: ameaçados de morte, fugindo de Jezabel. Não somos os únicos a passar por tribulações, existem milhares de vidas em situação igual ou pior que a nossa.

A história de Elias, teve um final feliz. Ele venceu em vida, até ser arrebatado aos céus. Seus inimigos, tiveram um fim trágico. Elias, com todas as suas falhas, foi agradável a Deus. Conosco, não é diferente. Deus nos ama. Mais do que nossa finita mente possa alcançar. Ele, não quer que desistamos, mas que nos refugiemos Nele. No "zimbro", onde Àgua e Comida, nos fortalecerá rumo a vitória. Que as lições de Elias "homem sujeito ás mesmas paixões que nós"Tg 5:17, fale, profundamente aos nossos corações, amém.

O Profeta Filósofo

“Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás? Por que razão me mostra a iniqüidade, e me fazes ver a opressão? Pois que a destruição e a violência estão diante de mim, havendo também quem suscite a contenda e o litígio. Por esta causa a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta; porque o ímpio cerca o justo, e a justiça se manifesta distorcida”. (Habacuque 1:2-4).

Habacuque sentia-se perturbado a cerca da intensa impiedade de Judá. Mas, em contraste com seu contemporâneo, Jeremias, preocupava-se mais com a aparente relutância de Deus em julgar, do que com a falta de arrependimento do povo. Destruição, violência e desconsideração para com a lei de Deus floresciam de forma desenfreada, a despeito dos ardentes apelos do profeta para a intervenção de Deus.

Deus explicou a Habacuque que ele não teria de esperar por muito tempo para receber a resposta: Os velozes e violentos Caldeus (babilônicos) seriam a vara que Deus usaria para castigar e açoitar a Judá. “Vede entre os gentios e olhai, e maravilhai-vos, e admirai-vos; porque realizarei em vossos dias uma obra que vós não crereis, quando for contada. Porque eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcha sobre a largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas” (Habacuque 1:5,6).

Em lugar de suspender a carga do profeta, essa resposta a aumentou, pois Habacuque se viu as voltas com um segundo e mais complicado problema: Como é que Deus cujos olhos são por demais puros para contemplar o erro, ficaria impassivo enquanto uma nação ímpia e sedenta de sangue engolfaria um povo mais justo que ela                    “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar. Por que olhas para os que procedem aleivosamente, e te calas quando o ímpio devora aquele que é mais justo do que ele? “(Habacuque 1:13).

E o profeta procurou um lugar solitário para esperar pela resposta de Deus “SOBRE a minha guarda estarei, e sobre a fortaleza me apresentarei e vigiarei, para ver o que falará a mim, e o que eu responderei quando eu for argüido.” (Habacuque 2:1)

A resposta é dada numa das mais grandiosas declarações das escrituras: O justo viverá pela fé (fidelidade). Os justos serão preservados no dia da tribulação, visto terem dependido de Deus, pelo que também Deus pode depender deles.

Retribuição subida e certa será a porção dos ativos invasores, que assim compreenderão a inutilidade da tirania e a vaidade da idolatria (Habacuque 2:6-19).

A resposta termina com uma ordem de silêncio universal perante o soberano Senhor “Mas o SENHOR está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra.” (Habacuque 2:20). Sendo-lhe assegurado que a justiça triunfará, o profeta eleva seu coração numa oração para que Deus opere novamente uma obra poderosa. Conforme operara no Êxodo e no monte Sinai (Habacuque 3:2-15).

Após contemplar o majestático resplendor do onipotente, Habacuque reafirma sua confiança no Deus de sua salvação em uma das mais comoventes confissões das Escrituras Sagradas (Habacuque 3:17-19).

Deus Abençoe!

As Àguas de Siloé

Siloé, era uma poço, localizado em Jerusalém, fora dos muros da cidade. Siloé, em hebraico,Selá: "O Enviado ou Remetente". Este poço, tinha uma importância peculiar nas cerimônias de comemoração da Festa dos Tabernáculos. No encerramento da festa, dia de sábado, era costume dos Judeus, usar um jarro de ouro, com água tirada do poço e derramar sobre as escadarias que ficavam diante do templo de Jerusalém. O ritual, era para relembrar o milagre que Moisés havia feito no deserto, quando feriu a Rocha e dela saiu água. (Nm 20:11)

No evangelho de João, temos o relato da participação de Jesus na Festa dos Tabernáculos: "E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a escritura, rios de água viva correrão do seu ventre" Jo 7:37,38. Jesus, estava ali, naquela tradicional festa judaíca, se revelando como "As Águas de Siloé", "O Enviado". Nós, o templo, Ele, A Fonte. As pessoas tinham acesso ao templo, através da escadaria. Ela, representa nosso coração, nosso espírito. Ao recebermos "Siloé", em nossas vidas, estamos prontos para adentrar no santo lugar. O lugar, reservado para todos os que creem e se arrependem.

"Sobre tudo que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida" Pv 4:23

Ao procurar por respostas sobre as questões de vida e morte, o destino do homem, da alma o pós-morte, me deparei com "Siloé". Jesus, foi O Único, que saciou minha alma, definitivamente. Busquei a Verdade, como um sedento, em meio a um deserto, procura por água. Nenhuma ideologia, filosofia, terapia, ou coisa parecida, foi capaz, de alcançar meu coração. Entendi, que existe uma grande diferença, entre mente e coração. A mente representa nossas vontades. O coração, o âmago, a criação, que necessita desesperadamente do Criador.

"Porque Deus enviou O Seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele" Jo 3:17

Jesus, na Festa dos Tabernáculos, estava dizendo: "Eu Sou O Enviado, Siloé"! O poço, de Jerusalém era essencial para os habitantes da cidade. A ele, recorriam muitas famílias, por ali, devido ao grande fluxo de pessoas, perambulavam mendigos, em busca de algumas moedas. Um deles, foi notado por Jesus. Era cego, de nascença. Jesus, cuspiu na terra, misturou saliva com lodo, untou os olhos do cego e disse;

"Vai, lava-te no tanque de Siloé. Foi, pois, e lavou-se e voltou vendo" Jo 9:7

Em Siloé, reside a vida. Nossos olhos são abertos em Suas Àguas. Se você, está fraco e abatido. Sem certeza da salvação. Sem felicidade em seu coração, "lava-te em Siloé". Somente Ele, pode renovar sua visão. Ele, te ama. Por todos os dias é Ele quem diz: "Eis-me aqui, se tens sede, bebe de Mim". Um manancial jorrará em seu ventre, eternamente.

A Embriaguez de Noé

Gn.9.20-29


Introdução: O dilúvio interrompeu o processo acelerado de degradação da humanidade, contudo não o encerrou. O pecado não foi eliminado através do dilúvio. Tendo saído da arca, Noé plantou uma vinha e se embriagou com o seu vinho.

1 - Os que usam a bebida precisam estar atentos aos seus riscos: vício e embriaguez (Ef.5.18).

2 - O vício leva os recursos financeiros da família.

3 - O beberrão perde a responsabilidade, o emprego, a saúde, o nome e a perspectiva de vida.

4 - A embriaguez leva à perda do controle. Noé ficou nu em sua tenda.
O embriagado fala e faz o que não deveria e depois precisa conviver com as conseqüências (9.24).

5 - O vício e a embriaguez fazem a pessoa perder o respeito da família ou até perder a família.
Cão desrespeitou seu pai, embora não tivesse tal direito.

Conclusão: a abstinência da bebida é a melhor opção, pois a embriaguez traz a vergonha e uma seqüência de males cada vez mais graves.

A Morte de Uma Igreja

As sete igrejas da Ásia Menor, conhecidas como as igrejas do Apocalipse, estão mortas. Restam apenas ruínas de um passado glorioso que se foi. As glórias daquele tempo distante estão cobertas de poeira e sepultadas debaixo de pesadas pedras. Hoje, nessa mesma região tem menos de 1% de cristãos. Diante disso, uma pergunta lateja em nossa mente: o que faz uma igreja morrer? Quais são os sintomas da morte que ameaçam as igrejas ainda hoje?

1. A morte de uma igreja acontece quando ela se aparta da verdade.Algumas igrejas da Ásia Menor foram ameaçadas pelos falsos mestres e suas heresias. Foi o caso da igreja de Pérgamo e Tiatira que deram guarida à perniciosa doutrina de Balaão e se corromperam tanto na teologia como na ética. Uma igreja não tem antídoto para resistir a apostasia e a morte quando a verdade é abandonada. Temos visto esses sinais de morte em muitas igrejas na Europa, América do Norte e também no Brasil. Algumas denominações histórias capitularam-se tanto ao liberalismo como ao misticismo e abandonaram a sã doutrina. O resultado inevitável foi o esvaziamento dessas igrejas por um lado ou o seu crescimento numérico por outro, mas um crescimento sem compromisso com a verdade e com a santidade.

2. A morte de uma igreja acontece quando ela se mistura com o mundo. A igreja de Pérgamo estava dividida entre sua fidelidade a Cristo e seu apego ao mundo. A igreja de Tiatira estava tolerando a imoralidade sexual entre seus membros. Na igreja de Sardes não havia heresia nem perseguição, mas a maioria dos crentes estava com suas vestiduras contaminadas pelo pecado. Uma igreja que flerta com o mundo para amá-lo e conformar-se com ele não permanece. Seu candeeiro é apagado e removido.

3. A morte de uma igreja acontece quando ela não discerne sua decadência espiritual. A igreja de Sardes olhava-se no espelho e dava nota máxima para si mesma, dizendo ser uma igreja viva, enquanto aos olhos de Cristo já estava morta. A igreja de Laodicéia considerava-se rica e abastada, quando na verdade era pobre e miserável. O pior doente é aquele que não tem consciência de sua enfermidade. Uma igreja nunca está tão à beira da morte como quando se vangloria diante de Deus pelas suas pretensas virtudes.

4. A morte de uma igreja acontece quando ela não associa a doutrina com a vida. A igreja de Éfeso foi elogiada por Jesus pelo seu zelo doutrinário, mas foi repreendida por ter abandonado seu primeiro amor. Tinha doutrina, mas não vida; ortodoxia, mas não ortopraxia; teologia boa, mas não vida piedosa. Jesus ordenou a igreja a lembrar-se de onde tinha caído, a arrepender-se e a voltar à prática das primeiras obras. Se a doutrina é a base da vida, a vida precisa ser a expressão da doutrina. As duas coisas não podem viver separadas. Uma igreja viva tem doutrina e vida, ortodoxia e piedade.

5. A morte de uma igreja acontece quando falta-lhe perseverança no caminho da santidade. As igrejas de Esmirna e Filadélfia foram elogiadas pelo Senhor e não receberam nenhuma censura. Mas, num dado momento, nas dobras do futuro, essas igrejas também se afastaram da verdade e perderam sua relevância. Não basta começar bem, é preciso terminar bem. Falhamos, muitas vezes, em passar o bastão da verdade para a próxima geração. Um recente estudo revela que a terceira geração de uma igreja já não tem mais o mesmo fervor da primeira geração. É preciso não apenas começar a carreira, mas terminar a carreira e guardar a fé! É tempo de pensarmos: como será nossa igreja nas próximas gerações? Que tipo de igreja deixaremos para nossos filhos e netos? Uma igreja viva ou igreja morta?